1. DETERMINAÇÃO DA FC:
Pode ser feita por uma das seguintes regras: “Regra dos 1500”: A frequencia cardíaca é obtida pela divisão de 1500 pelo número de quadrados pequenos-qp (0,04 s, no ECG feito em 25 mm/s e 10 mm=1 mV) existente entre RR consecutivos (intervalo RR).
“Regra dos 10 s”: nos eletrocardiógrafos de 3 canais, o canal de ritmo (“DII longo”) apresenta 10 s de duração (50 quadrados de 0,2 s), então a frequencia cardíaca média pode ser aproximadamente obtida pelo número de intervalos RR em DII multiplicado por 6 (10 s x 6=60 s).
2. CÁLCULO DO QTC:
O intervalo QT é medido do início do QRS ao final da onda T e engloba a despolarização e repolarização ventricular. Deve-se considerar a derivação onde o QT apresenta o maior valor, comumente V2-V3. O QT deve ser corrigido pela frequencia cardíaca (QT corrigido ou QTc), já que a sístole elétrica aumenta com a diminuição da frequencia cardíaca. A fórmula de Bazett, embora sujeita a críticas, é a mais empregada:
QTc=QT medido/√RR, ou pela fórmula derivada:
QTc=QT x √(FC/60).(QT medido multiplicado pela raiz da razão FC (=1500/número de qp)/60.
Como exemplo um traçado que apresenta os seguintes intervalos:
Intervalo RR=22 quadrados pequenos (qp)=22 x 0,04=0,88 s.
QT medido=9 qp=9 x 0,04=0,36 s.
QTC=0,36/√0,88=0,36/0,94=0,38
OU PELA FÓRMULA DERIVADA: QT medido x √(FC/60)=0,36 x √(68/60)=0,36 x √1,13=0,36 x 1,06=0,38.
A FC NO CASO=1500/22=68 bpm.
3. VALORES NORMAIS NOS ADULTOS
a.ONDA P: duração < 0,12 s (3 qp)e amplitude < 2,5 mm.
b.INTERVALO PR: de 0,12 a 0,20 s.
c.INTERVALO QRS: varia de 0,07 s a 0,11 s. Deve ser realizada do início ao término do complexo, na derivação onde apresenta maior duração, usualmente V1 a V3.
c. QTC: menor do que 0,45 nos homens e menor do que 0,46 nas mulheres.